domingo, 9 de agosto de 2009

O tempo se encarrega de nos transformar em adultos. O tempo se encarrega também de transformar velhos templos em ruínas e de afundar no mar ilhas mais velhas ainda.
Será que realmente havia um livrinho dento daquele pão doce maior do que os outros? Nenhuma outra pergunta me vem à cabeça com mais frequência do que essa. Como Sócrates, também eu poderia dizer: “Sei que nada sei”. Mas tenho certeza absoluta de que um curinga continua perambulando pelo mundo. Ele se encarregará de não permitir que o mundo se acomode. A qualquer momento, e em qualquer parte, pode aparecer um pequeno bobo da corte usando um barrete e uma roupa cheia de guizos tilinlantes. Ele nos olhará nos olhos e nos perguntará: “Quem somos? De onde viemos?"

Jostein Gaarder - O dia do Curinga

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